Os videogames foram inventados pelos americanos, pela terra do Tio Sam. Rapidamente essa nova tenologia de entretenimento começou a se espalhar pelo mundo. O Japão então, tornou-se um centro tecnológico e de grande importância para a industria dos games. No final dos anos 70 e início dos anos 80, a Terra do Sol Nascente foi palco de grandes evoluções nessa área, com seu mercado bem peculiar, o Japão foi um berço para um grande avanço tecnológico.
O mercado japonês era um mundo fascinante e muitas vezes, até um pouco estranho. E foi por causa disso que muitos consoles tiveram sua vida pautada na cultura japonesa e baseada em nichos específicos, isso fez, com que muitos consoles só ficassem na Terra do Sol Nascente, e nunca saíssem para outros países, como por exemplo, os Estados Unidos.
Vamos conhecer alguns desses consoles, que ficaram exclusivamente entre os jogadores japoneses, alguns com um certo tipo de sucesso, e outros que foram um grande fiasco.
NINTENDO COLOR TV GAME 6 (1977)
No final dos anos 70 a Nintendo dava os seus primeiros passos para o grande sucesso que a BIG N se tornaria ao longo dos anos. A casa do Nintendo 8 Bits, do Super Nintendo, do Nintendo 64, do Game Cube, do Nintendo Wii, Wii U, Nintendo Switch, Game Boy e muitos outros, começava a sua carreira com o lançamento do Nintendo Color TV 6.
Como o próprio nome já diz, o Color TV game 6 era baseado em seis variações do clássico Pong, que era um sucesso absoluto, no final dos anos 70. Vários clones estavam inundando o mercado americano e mundial. Talvez esse tenha sido o maior fator de, o console da Nintendo nunca ter saído do Japão.
SEGA SG-1000 (1983)
Já que falamos da Nintendo no item acima, não poderíamos deixar de falar da Sega, que foi por muito tempo a grande concorrente da Nintendo. O primeiro console de videogame da Sega foi lançado em 1983, e para mostrar o começo de uma grande disputa pelo mercado japonês, a Sega lança o seu console no mesmo dia do Famicom da Nintendo. Só que ao passo que o Famicom, se tornava um sucesso no Japão, e consequentemente ganhava o mundo rebatizado de Nintendo 8 Bits, o console da sega se saía modestamente no mercado japonês. O SG-1000 da sega foi engolido pelo console da Nintendo, mas a sega ainda continuou tentando e nos anos seguintes lançou o SEGA MARK 2 e em 1986 o SEGA MARK 3 (esse que se tornaria base para o Master System). Infelizmente o SG-1000 e seus sucessores não conquistaram o mercado fora do Japão.
FUJITSU FM TOWNS MARTY (1993)
Esse console foi uma grande aposta da Fujitsu no mercado de consoles domésticos. Conhecida por ser uma empresa voltada para a computação no Japão, a Fujitsu lança o seu console, baseado em um Pc da própria, lançado em 1989 com o nome de PC FM TOWNS.
Se formos resumir o FM TOWNS MARTY em seus elementos básicos, o console era um clone do IBM PC baseado no processador 386SX, equipado com um chip gráfico personalizado e sem teclado. Toda a estrutura básica do console estava baseado no PC da Fujitsu, daí muita gente dizer até os dias de hoje, que o console se tratava de um PC na base de um console.
FM TOWNS MARTY foi um grande avanço no mercado japonês e a porta para grandes jogos do IBM PC americano, mas nunca conseguiu decolar no mercado japonês, em face da concorrência que tinha produtos bem mais baratos do que o console da Fujitsu.
BANDAI PLAYDIA (1994)
O Playdia foi uma grande aposta da Bandai ao mercado de games. Trazendo um designer bem colorido e chamativo, um controle infravermelho sem fio, uma unidade de CD-ROM e uma paleta de software limitada de jogos criados exclusivamente para o console da Bandai, o console teve como alvo o publico mais infantil. Daí, a sua biblioteca, conter uma grande quantidade de títulos educacionais e jogos em FMV. Por se tratar de uma máquina que atendia a um nicho de jogos específicos do Japão, o Playdia nunca saiu da Terra do Sol Nascente.
NEC PC-FX (1994)
A NEC famosa no Japão por causa do PC ENGINE e fora do Japão por causa do TURBO GRAFX-16 já conhecia suficientemente o mercado japonês e o estrangeiro. Em 1994 a empresa japonesa lança o grande sucessor do PC ENGINE no Japão, o NEC PC-FX. Após seu lançamento, a NEC viu os seus sonhos ruírem de forma abrupta. Os consoles de 32 Bits estavam iniciando as suas carreiras vitoriosas, a Sega com o seu Sega Saturn e a Sony com o seu Playstation, e isso foi o grande fator que culminou com a derrocada rápida do console da Nec. O PC FX tinha uma arquitetura de 16 bits, portanto, um hardware totalmente defasado em relação aos concorrentes recém chegados da geração 32 Bits e por causa disso esse console nunca saiu do Japão.
CASIO LOOPY (1995)
Com uma proposta bem parecida com a da Bandai, com o seu Bandai Playdia, a Casio lança o Casio Loopy voltado para um nicho específico, as garotas japonesas. Com um designer bem arrojado e com características bem femininas, o console tentou conquistar o publico feminino japonês. Levando um recurso super destacado de impressão de adesivos coloridos, tudo isso graças a uma impressora térmica integrada ao console, a Casio lançou ao menos 11 títulos para o seu Casio Loopy, mas infelizmente, por se tratar de um produto de nicho, o console ficou restrito ao mercado japonês.
BANDAI WONDERSWAN (1999)
Depois de deixar a Nintendo em 1996, o grande designer do Game Boy, o lendário Gunpei Yokoi fundou a Koto Company. Essa empresa de Yokoi, projetou então, um novo console portátil monocromático, e ao apresentar o projeto para várias empresas, Gunpei Yokoi fechou um acordo com a Bandai. O resultado foi o lançamento do Bandai Wonderswan pela Bandai em 1999. O console até recebeu alguns games interessantes como, um porte de Golden axe e até um Final Fantasy exclusivo para ele. O Game Boy já estava estabelecido no mercado, e portanto, o console da Bandai teve grandes dificuldades em fazer frente ao seu concorrente. Em 2001 o console teve até uma atualização para uma tela colorida, mas infelizmente já era tarde demais, pois o mercado estava totalmente dominado pela Nintendo com o seu Game Boy.