CLOUD GAMING DA MICROSOFT PODE SER "O INÍCIO DO FIM" DOS CONSOLES DOMÉSTICOS?
A Microsoft anunciou nesta terça-feira, 24 de agosto de 2021, a chegada do tão aguardado X-BOX CLOUD GAMING aos seus consoles domésticos, XBOX SERIES S/X e X-BOX ONE.
O serviço será incluído no GAME PASS ULTIMATE, o programa de assinantes da Microsoft, e estará disponível aos usuários até o final desse ano.
Através de um teaser, divulgado na Gamescom, a empresa de Bill Gates, também demonstrou a chegada da oitava geração de consoles na nona geração de consoles.
A princípio, isso soa como algo totalmente impensável, mas felizmente, estamos vivendo a era de uma grande revolução tecnológica.
Eu uso o termo "REVOLUÇÃO" e não "EVOLUÇÃO", pois, estamos presenciando uma verdadeira quebra de paradigmas na indústria do entretenimento eletrônico.
Uma quebra de limites na já consolidada indústria dos games.
Os jogos nas nuvens "CLOUD GAMING" chegou para derrubar a tese de que uma nova geração de consoles se inicia com a chegada de novos consoles ao mercado.
Durante muitos anos, todos nós que habitamos a comunidade gamer, independentemente de consoles, empresas ou gostos pessoais, aprendemos ou "FOMOS ACOSTUMADOS", a compreender que uma nova geração de consoles se inicia com a chegada de novos hardwares.
A Microsoft "literalmente" quebra essa regra ao incluir na nona geração de consoles um videogame da oitava geração.
Seja bem vindo a nova geração: X-BOX ONE!
Entendeu agora, por que uso o termo "REVOLUÇÃO" e não "EVOLUÇÃO" ?
Estamos diante de uma nova era e, com isso surgem várias perguntas relacionadas ao futuro da indústria dos games.
Uma das mais significativas para esse momento revolucionário é a seguinte:
"OS CONSOLES COMO CONHECEMOS HOJE, SERÃO EXTINTOS?"
Para compreendermos esse momento histórico, precisamos recorrer ao passado.
No início do século XX o rádio se estabeleceu como um verdadeiro fenômeno de massas e a principal fonte de notícias.
Nos anos 1930 do século XX, surge uma verdadeira ameaça para o rádio; a televisão começa a despontar no horizonte.
À partir dos anos 1950, a televisão estabelece um novo paradigma na área da comunicação e toma o lugar do rádio como verdadeiro fenômeno das massas.
Durante vários anos, muitas pessoas se questionavam à respeito do futuro do rádio.
Esse pequeno "APARELHO" atravessou um período grande de crise de identidade, mas soube se reinventar e se adaptar as novas tendências tecnológicas.
Hoje o rádio está mais vivo do que nunca. O podcast e as web rádios são as provas de que o rádio não morreu.
Recorri a esse breve histórico para demonstrar que o Hardware "o console doméstico", como conhecemos hoje, pode e deve, atravessar um período de crise que se aponta no horizonte.
Porém, se a indústria souber se reinventar e se adaptar as novas formas tecnológicas, assim como aconteceu com o rádio, os videogames tem tudo para um novo amanhecer glorioso.
A concorrência com a tecnologia do streaming parece "a primeira vista" até desleal.
Mas precisamos entender que os consoles já estão enraizados na cultura de muitos países.
A princípio, o Cloud gaming, parece não ter sido planejado para substituir os consoles domésticos, ao invés disso, trabalhar em paralelo com eles.
Mas, até quando, os games podendo ser jogados em smartphones, em consoles de geração anterior, nos pcs via navegadores, e até mesmo em aparelhos de tv, o consumidor ainda se sentirá atraído por consoles de nova geração?
Essa resposta, eu ainda não tenho, e somente o futuro poderá responder a esse questionamento!
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